Vou convidar algumas pessoas para compartilhar seus textos sobre educação. Para não ficar tão personalista, migrei o blog para outro endereço eletrônico. Para ler os textos acesse http://prioridadeeducacao.blogspot.com/
sábado, 10 de dezembro de 2011
Vanhoni apresenta parecer ao projeto de Plano Naci...
Prioridade Educação: Vanhoni apresenta parecer ao projeto de Plano Naci...: O relator do Plano Nacional de Educação (PNE – Projeto de Lei 8035/2010 ), deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), tornou público o Parecer Substi...
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Crise no sistema educativo chileno - entrevista co...
Prioridade Educação: Crise no sistema educativo chileno - entrevista co...: Seguem abaixo vídeos indicados pela Vanessa Parte 2
Pinóquio Kassab e a falta de vagas em creches
Prioridade Educação: Pinóquio Kassab e a falta de vagas em creches: O texto abaixo foi publicado pelo O Estado de S. Paulo. Fala sobre a falta de vagas em creches na cidade de São Paulo. Lembro que durante a...
Uma reflexão sobre ensino-aprendizagem
Prioridade Educação: Uma reflexão sobre ensino-aprendizagem: A imagem abaixo foi enviada pelo Celso, de Sorocaba (assessor da PJE Sul 1 e membro da Comissão Nacional de Assessores da PJE). Nos faz refl...
A crise no paradigma civilizacional
Prioridade Educação: A crise no paradigma civilizacional: A Metáfora da ponte Por um primeiro momento, imaginemos que estamos todos numa jornada de saída de um lugar com destino a outro. Estamos, e...
União Gaúcha de Estudantes defende mudanças no Ens...
Prioridade Educação: União Gaúcha de Estudantes defende mudanças no Ens...: A União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) defende a necessidade de alterações no Ensino Médio. A entidade publicou em seu site um d...
Mudança na gestão do ensino gera polêmica nas univ...
Prioridade Educação: Mudança na gestão do ensino gera polêmica nas univ...: Neste ano, a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal (CCT) aprovou o projeto de lei que trans...
De olho no cotidiano
Prioridade Educação: De olho no cotidiano: A excelente educadora Lígia Pacheco , que foi minha professora no curso de Pedagogia, estreou uma coluna no Pais & Filhos . Já na estreia el...
Direito à Educação e Acesso à Justiça
Prioridade Educação: Direito à Educação e Acesso à Justiça: Com o tema “Desafios e perspectivas para os defensores da escola pública de qualidade”, a Ação Educativa e a Plataforma Dhesca Brasil realiz...
Como a mídia brasileira sufoca a liberdade de expr...
Prioridade Educação: Como a mídia brasileira sufoca a liberdade de expr...: Veja o vídeo e reflita sobre a liberdade e a comunicação no país. São 17 minutos de muitos argumentos para quem quer debater a mídia brasil...
Currículo nacional único para a educação básica
Prioridade Educação: Currículo nacional único para a educação básica: Sugiro a leitura da reportagem “ MEC vai propor currículo nacional”, publicado no jornal O Estado de S. Paulo de segunda-feira (5/12). O tex...
Prioridade Educação: Veja só quanta coisa "boa"
Prioridade Educação: Veja só quanta coisa "boa": Tempos atrás publiquei no Blog Lobinhoeducação, cujas postagens foram todas transferidas para ese blog (prioridadeeducacao), que jamais um p...
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Prioridade Educação: O Dia do Saci
Prioridade Educação: O Dia do Saci: No final de outubro, muitas escolas comemoram o “ Halloween ”. Muitos pedagogos, no entanto, tentam lutar contra essa cultura e propõe que, ...
Prioridade Educação: Educação no Brasil - Brasilianas.org (03/10/2011)
Prioridade Educação: Reprovação, necessária para uns e um mal a ser evi...
Prioridade Educação: Reprovação, necessária para uns e um mal a ser evi...: Autônomas, escolas decidem qual o limite da repetência, e educadores se dividem sobre benefícios Adauri Antunes Barbosa e Carolina Benevid...
Prioridade Educação: Portal do Professor
Prioridade Educação: Portal do Professor: Uma dica do professor Adilson Ferreira , de Mauá. Lançado em 2008 a partir de uma parceria entre o Ministério da Educação e do Ministério ...
Prioridade Educação: Relatório da Comissão Especial que analisa novo pl...
Prioridade Educação: Relatório da Comissão Especial que analisa novo pl...: Relator recebeu as últimas contribuições em São Paulo em seminário na FEUSP e reafirmou disposição do governo em aprovar 7% do PIB O deputa...
Prioridade Educação: Calle 13 - Latinoamérica
Prioridade Educação: Calle 13 - Latinoamérica: A Van Ramos postou o vídeo abaixo em seu facebook. Adorei. Nos faz refletir sobre nossa atuação frente à degradação do meio ambiente e sobr...
Prioridade Educação: Quem precisa de remédio?
Prioridade Educação: Quem precisa de remédio?: Transtornos como hiperatividade e dislexia estão no centro de uma polêmica que divide especialistas. Para alguns, a banalização dos diagnós...
Prioridade Educação: Loucura Sagrada
Prioridade Educação: Loucura Sagrada: O Caio Andrade (também no twitter ) postou o texto abaixo (de Dom Helder Câmara) no blog “ Uma liberdade virtual ”. Vale à pena não apenas ...
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Não dá para não ler
Leia no Prioridade Educação: Quem tem medo de Remédio? Reprtagem da Revista Brasil Atual sobre o exagero no diagnóstico e no uso de medicação para "controlar" hiperatividade e dislexia.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Novo blog
Vou compartilhar o blog com outras pessoas que também gostam do tema Educação. Desta forma, poderemos atualizá-lo mais constantemente. Por isso, resolvi migrar o conteúdo deste blog para outro endereço, assim, ele não ficará tão "personalista". Espero que os seguidores deste blog passem a seguir o Prioridade Educação.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Consciência Negra
No dia 20 de novembro, a Paróquia Santuário São Judas Tadeu realizará, às 14h30, uma missa inculturada em comemoração ao Dia da Consciência Negra. Todos estão convidados.
Sobre consciência, a Bíblia nos ensina que é a compreensão que o povo tem da realidade, tendo como base o projeto de Deus. A consciência nos dá a capacidade de enxergar a ideologia da classe dominante. Com consciência, alcançamos o discernimento para trabalhar por uma sociedade fundada na justiça e na fraternidade, pontos fundamentais do Projeto de Deus. O Deus que se uniu ao povo marginalizado e explorado para promover a liberdade e a vida, em plenitude, para todos.
Mas, para que Deus promova liberdade e vida para todos, o povo precisa reconhecer que Ele está vivo no meio de nós, está vivo em nossos irmãos, e promover relações de partilha e fraternidade.
Infelizmente nossa sociedade está alicerçada na riqueza e no poder, conquistados graças à escravidão e a morte do Povo de Deus, entre eles os negros. Até hoje, muitas pessoas são exploradas para que poucas tenham luxo e desperdicem o que a maioria construiu com o suor de seu trabalho.
Que bom seria se, como diz Eclesiastes, todos pudessem desfrutar do fruto do suor de seu próprio trabalho. Mas, nem todos podem entrar no edifício que ajudou a construir. São privados daquilo que Deus nos deu: o direito de usufruir daquilo que produzimos.
Mais do que nos tirar a liberdade e os direitos, a sociedade na qual vivemos classifica as pessoas como boas ou ruins de acordo com o que cada um possui. Neste mundo capitalista, é melhor quem possui mais, quem consome mais.
Mas, esse sistema econômico, que nos é imposto como se fosse a única alternativa de organização do mercado, faz ainda pior. Classifica as pessoas de acordo com a cor de sua pele, com sua religião, de acordo com sua origem... Com isso, “nos força” a disputar espaço e status com outras pessoas que, como nós, são exploradas por esse mesmo sistema. Nos separa, nos fragmenta para que não tenhamos forças para nos unir e exigir as mudanças necessárias para que a sociedade seja aquela que Deus quer, fundada na justiça e na fraternidade e que leva todo o povo à liberdade e à vida em plenitude.
Que neste dia 20 de novembro, quando comemoramos 40 anos de lutas e festividades pela Consciência Negra, todos os povos, de todas as raças, de todas as cores e de todos os credos, se inspirem em Zumbi dos Palmares e se unam para lutar pela liberdade não apenas de alguns, mas de todos.
E que Deus esteja sempre conosco! Axé! Assim seja!
* Jornalista, participa da Comunidade Cristo Rei, membro do Núcleo de Coordenação das Comunidades da Paróquia Santuário São Judas Tadeu e da Equipe de Teologia e Formação do Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Baixa renda recebe menos conteúdo
A reportagem abaixo, publicada hoje (29/08) no jornal O Estado de S. Paulo, fala de um estudo baseado nos microdados da Prova Brasil. Aponta que os alunos de baixa renda recebem menos conteúdo, uma constatação antiga, mas é importante por quantificar essa constatação, por torná-la científica. Vale à pena ler.
Alunos de baixa renda recebem menos conteúdo
Dados de avaliação de escolas públicas mostram que só 1 em cada 6 unidades com estudantes mais pobres dão 80% da matéria prevista
29 de agosto de 2011
Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo
Apenas uma em cada seis escolas públicas do País que recebem alunos de classes sociais mais baixas consegue cumprir mais de 80% do conteúdo previsto para o ano letivo. Já entre as unidades escolares onde estudam as crianças de nível social mais elevado, essa taxa sobe para 45,2% - ou seja, metade das escolas que têm as matrículas de alunos com melhores condições socioeconômicas conseguem cumprir quase todo o currículo.
Os dados fazem parte de um tabelamento dos microdados da Prova Brasil 2007 feito pelo pesquisador Ernesto Martins Faria, do site Estudando Educação (estudandoeducacao.com). Os dados de 2009 ainda não foram divulgados e não há previsão de publicação.
Faria levou em conta os questionários socioeconômicos que compõem a avaliação (mais informações nesta página). Foram consideradas todas as 47.976 escolas que fizeram a prova. Delas, 11.994 têm alunos com condições socioeconômicas precárias matriculados.
A maior parte dessas escolas se situa nas Regiões Norte e Nordeste do País. Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins têm pelo menos uma escola pública com esse perfil.
Para Faria, a situação é preocupante porque os alunos que são atendidos nessas escolas são justamente os que chegam mais defasados. "São esses que mais necessitam de atenção porque, normalmente, vêm de famílias em que os pais têm escolaridade baixa", explica.
Para ele, o contexto se agrava porque essas escolas são aquelas que não apresentam uma infraestrutura de qualidade - geralmente, não têm grandes bibliotecas, prédios em condições adequadas e boas equipes pedagógicas. "O aluno precisa estudar numa escola onde ele sinta que há incentivo. Não é o que acontece numa escola que não dá todo o conteúdo programado."
Problemas. O não cumprimento do currículo escolar nesses colégios pode ter origem em diversas fontes, segundo os especialistas. As faltas dos alunos são apontadas como um dos fatores e podem ocorrer por diversos motivos, como a dificuldade de acesso ao colégio - em municípios do interior do País, por exemplo - e as condições ruins de infraestrutura da escola - que não são suficientes para garantir as aulas.
"É claro que entre o que está programado e o que é cumprido existe sempre uma diferença", afirma Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). "Mas existem escolas onde faltam luz e cadeiras."
O absenteísmo dos docentes também aparece entre as possíveis causas. "As escolas situadas nas regiões mais pobres têm mais dificuldades para atrair e manter professores", afirma Alavarse. "Tudo isso pesa no conteúdo a ser desenvolvido."
Antonio Batista, coordenador de desenvolvimento de pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), chama a atenção para o fato de que o Brasil não tem um currículo único - ou seja, cada cidade e Estado tem suas próprias programações de conteúdos.
"Em tese, o não cumprimento do currículo significa menos conteúdo e um cerceamento do direito da criança a uma aprendizagem de qualidade", afirma. "Apesar disso, em certos casos, cumprir todo o currículo não implica necessariamente que a criança aprenda tudo, porque, para alcançar a abordagem completa de currículos muito extensos, o ensino pode se tornar muito superficial ou sobrecarregar a criança de informações."
Para os pesquisadores, procurar soluções para resolver o quadro passa por meios que fixem o professor nessas escolas. "Em vez de dar bônus, o melhor seria investir na melhoria da infraestrutura e dar adicionais a esses docentes dentro de uma política de carreira", afirma Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
PARA ENTENDER
São 4 faixas de renda
A pesquisa dividiu as escolas que participaram da Prova Brasil em quatro faixas de renda, de acordo com a quantidade de bens que os alunos declararam possuir - como TV, rádio, carro e geladeira, por exemplo. Entraram também nessa conta o serviço de empregada mensalista e a quantidade de banheiros de cada casa.
A somatória de todos os itens deu uma pontuação a cada aluno, que foram divididos em quartis de acordo com a classe socioeconômica.
A Prova Brasil avalia, de dois em dois anos, os alunos de 5.° e 9.° anos do ensino fundamental da rede pública. Além das questões de matemática e língua portuguesa, os estudantes respondem a questionários socioeconômicos que podem ser associados ao desempenho deles na avaliação. Professores e diretores também respondem a questionários.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Alunos de baixa renda recebem menos conteúdo
Dados de avaliação de escolas públicas mostram que só 1 em cada 6 unidades com estudantes mais pobres dão 80% da matéria prevista
29 de agosto de 2011
Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo
Apenas uma em cada seis escolas públicas do País que recebem alunos de classes sociais mais baixas consegue cumprir mais de 80% do conteúdo previsto para o ano letivo. Já entre as unidades escolares onde estudam as crianças de nível social mais elevado, essa taxa sobe para 45,2% - ou seja, metade das escolas que têm as matrículas de alunos com melhores condições socioeconômicas conseguem cumprir quase todo o currículo.
Os dados fazem parte de um tabelamento dos microdados da Prova Brasil 2007 feito pelo pesquisador Ernesto Martins Faria, do site Estudando Educação (estudandoeducacao.com). Os dados de 2009 ainda não foram divulgados e não há previsão de publicação.
Faria levou em conta os questionários socioeconômicos que compõem a avaliação (mais informações nesta página). Foram consideradas todas as 47.976 escolas que fizeram a prova. Delas, 11.994 têm alunos com condições socioeconômicas precárias matriculados.
A maior parte dessas escolas se situa nas Regiões Norte e Nordeste do País. Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins têm pelo menos uma escola pública com esse perfil.
Para Faria, a situação é preocupante porque os alunos que são atendidos nessas escolas são justamente os que chegam mais defasados. "São esses que mais necessitam de atenção porque, normalmente, vêm de famílias em que os pais têm escolaridade baixa", explica.
Para ele, o contexto se agrava porque essas escolas são aquelas que não apresentam uma infraestrutura de qualidade - geralmente, não têm grandes bibliotecas, prédios em condições adequadas e boas equipes pedagógicas. "O aluno precisa estudar numa escola onde ele sinta que há incentivo. Não é o que acontece numa escola que não dá todo o conteúdo programado."
Problemas. O não cumprimento do currículo escolar nesses colégios pode ter origem em diversas fontes, segundo os especialistas. As faltas dos alunos são apontadas como um dos fatores e podem ocorrer por diversos motivos, como a dificuldade de acesso ao colégio - em municípios do interior do País, por exemplo - e as condições ruins de infraestrutura da escola - que não são suficientes para garantir as aulas.
"É claro que entre o que está programado e o que é cumprido existe sempre uma diferença", afirma Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). "Mas existem escolas onde faltam luz e cadeiras."
O absenteísmo dos docentes também aparece entre as possíveis causas. "As escolas situadas nas regiões mais pobres têm mais dificuldades para atrair e manter professores", afirma Alavarse. "Tudo isso pesa no conteúdo a ser desenvolvido."
Antonio Batista, coordenador de desenvolvimento de pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), chama a atenção para o fato de que o Brasil não tem um currículo único - ou seja, cada cidade e Estado tem suas próprias programações de conteúdos.
"Em tese, o não cumprimento do currículo significa menos conteúdo e um cerceamento do direito da criança a uma aprendizagem de qualidade", afirma. "Apesar disso, em certos casos, cumprir todo o currículo não implica necessariamente que a criança aprenda tudo, porque, para alcançar a abordagem completa de currículos muito extensos, o ensino pode se tornar muito superficial ou sobrecarregar a criança de informações."
Para os pesquisadores, procurar soluções para resolver o quadro passa por meios que fixem o professor nessas escolas. "Em vez de dar bônus, o melhor seria investir na melhoria da infraestrutura e dar adicionais a esses docentes dentro de uma política de carreira", afirma Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
PARA ENTENDER
São 4 faixas de renda
A pesquisa dividiu as escolas que participaram da Prova Brasil em quatro faixas de renda, de acordo com a quantidade de bens que os alunos declararam possuir - como TV, rádio, carro e geladeira, por exemplo. Entraram também nessa conta o serviço de empregada mensalista e a quantidade de banheiros de cada casa.
A somatória de todos os itens deu uma pontuação a cada aluno, que foram divididos em quartis de acordo com a classe socioeconômica.
A Prova Brasil avalia, de dois em dois anos, os alunos de 5.° e 9.° anos do ensino fundamental da rede pública. Além das questões de matemática e língua portuguesa, os estudantes respondem a questionários socioeconômicos que podem ser associados ao desempenho deles na avaliação. Professores e diretores também respondem a questionários.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Marcadores:
Fundamental,
Geral,
Médio
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Publicado acórdão do STF: lei do piso é constitucional!
Foi publicado no dia 23/08/11 o acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) no qual a corte afirma que a lei 11.738/08 (Piso Salarial Profissional Nacional) é constitucional.
O acórdão se refere à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) movida pelos governadores de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul (que se retirou da ação) e Ceará contra a lei 11.738/08 (piso salarial profissional nacional). A ADIN foi apoiada pelos governos de São Paulo, Distrito Federal, Tocantins, Minas Gerais e Roraima que, entretanto, não a subscreveram.
Um dos alvos da ADIN era o dispositivo da lei que determina que no mínimo 1/3 da jornada de trabalho deve ser dedicado a atividades extraclasse. Veja no verso a íntegra do acórdão.
Aplicação da lei no Estado de SP
No dia 8 de junho a APEOESP recebeu ofício da Secretaria da Educação informando que pretende aplicar a lei, mas que aguardava a publicação do acórdão. De nossa parte, sempre reafirmamos a constitucionalidade da lei e lutamos pela sua aplicação imediata. Assim, a publicação reforça nossa luta e o assunto ganha ainda mais destaque na nossa pauta com o governo estadual.
Fonte: Fax Urgente - Apeoesp
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
O mercado de diplomas
11 de agosto, Dia do Estudante. Parabéns a todos os sofredores.
Em pleno 11 de agosto, o jornal Folha de S. Paulo publicou uma reportagem (três textos) que mostram o quanto os estudantes sofrem com a mercantilização do ensino superior.
As faculdades mudam cursos entre suas diversas unidades e os estudantes que se virem para frequentar as aulas, chegando a ter aumentada em mais de 30km a distância a ser percorrida.
E ainda dizem que a mudança é para o próprio bem dos estudantes.
O pior é que o “especialista” ainda indica que se faça estudo de mercado antes de abrir os cursos.
É brincadeira?
Em pleno 11 de agosto, o jornal Folha de S. Paulo publicou uma reportagem (três textos) que mostram o quanto os estudantes sofrem com a mercantilização do ensino superior.
As faculdades mudam cursos entre suas diversas unidades e os estudantes que se virem para frequentar as aulas, chegando a ter aumentada em mais de 30km a distância a ser percorrida.
E ainda dizem que a mudança é para o próprio bem dos estudantes.
O pior é que o “especialista” ainda indica que se faça estudo de mercado antes de abrir os cursos.
É brincadeira?
Mais sobre as "bolsas"
O jornal O Estado de S. Paulo publicou ontem (10/8/2011) um artigo muito bom sobre a questão das “bolsas” para pagamento de mensalidades em instituições privadas. Mais do que isso, o texto faz um apelo para que o Pronatec não repita o que os autores acreditam ser erros do ProUni e do Fies. O texto contribui tanto com a reflexão que decidi postá-lo aqui na íntegra.
Depois de tantos textos sobre esse tema, minha próxima postagem conterá minhas ponderações.
Ensino técnico, longe dos erros do passado
10 de agosto de 2011 | 0h 00
Otaviano Helene e Lighia Horodynski-Matsushigue* - O Estado de S.Paulo
Está em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei (o PL 1.209/ 2011) criando o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que pretende organizar e ampliar a oferta de cursos técnicos. Ao propor tal programa, o Executivo federal reconhece as deficiências na formação de quadros técnicos, tanto para o setor produtivo como em profissões associadas ao bem estar das pessoas, em particular nas áreas de saúde, educação e meio ambiente.
Entretanto, apesar de serem necessários incentivos a uma adequada formação de técnicos, tanto no aspecto do número insuficiente desses profissionais quanto na qualidade de sua educação, dependendo da forma que o programa vier a ter, pouco ou nada contribuirá para as suas finalidades, em especial se repetir os passos do ProUni e do Fies. Para prevenir que esse novo programa incorra em erros passados deveríamos evitar alguns aspectos do ProUni e do Fies, que financiam matrículas em instituições privadas.
Uma das características da educação superior brasileira é a sua privatização: estamos entre os três ou quatro países com a menor participação do setor público. Essa privatização faz o Brasil apresentar uma distribuição de estudantes pelas várias áreas do conhecimento bastante diferente da dos demais países. A nossa porcentagem de estudantes em cursos básicos de ciências, engenharias ou agropecuária, por exemplo, é significativamente menor do que nos demais países, enquanto a porcentagem de estudantes nas áreas de negócios e administração é significativamente maior. Essa distorção é provocada basicamente pelas instituições privadas, uma vez que a distribuição de estudantes nas instituições públicas obedece à regra mundial. Assim, subsídios ao setor privado acirram essa distorção.
Outra característica do ensino superior brasileiro diz respeito à qualidade dos cursos em instituições privadas. Como decorrência do fato de estas se preocuparem, necessariamente, com os seus balanços financeiros, muitas vezes em detrimento da qualidade dos seus cursos e das necessidades do País, quer sob o aspecto regional, quer em relação às diferentes áreas de conhecimento, subsídios ao setor privado acabam por incentivar maus cursos e más instituições.
O retorno social de grande parte dos cursos oferecidos pelas instituições privadas é muito baixo, tanto para a sociedade em geral quanto para os próprios estudantes, no que diz respeito às chances de trabalho nas áreas em que se graduaram, às possibilidades de acompanharem as mudanças tecnológicas e sociais e à remuneração que receberão. O ensino na maioria das instituições privadas pode ser classificado muito mais como uma revisão de algumas ferramentas - de matemática, interpretação de textos e de leis científicas - que deveriam ter sido fornecidas ao longo da educação básica, aliada a um treinamento em alguma área momentaneamente em voga e de baixo custo. Não é à toa que são abertas vagas ao sabor de modismos e fechadas tão logo esses modismos ou o "mercado de trabalho" (ou uma ilusão dele) se esgotem. Os exemplos mais recentes talvez sejam os cursos de Fisioterapia e de Educação Física. Assim, incentivos a uma expansão adicional das matrículas em instituições privadas são um desserviço à Nação.
Considerando a qualidade dos cursos, o próprio Tribunal de Contas da União (Relatório de Auditoria Operacional - Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), 2009) alertou para o fato de que, com o ProUni, "corre-se o risco de formar uma massa de profissionais com escassa qualificação para o mercado de trabalho". Além disso, "tem-se "pago" - indiretamente - um preço maior pelas vagas nas instituições privadas de ensino superior do que o montante que elas efetivamente valem".
Nesse contexto, antes de repetirem no ensino técnico os mesmos passos do ProUni e do Fies, seria necessário avaliar muito cuidadosamente os resultados desses programas. Além dos aspectos já salientados - que se devem repetir no ensino técnico -, há que atentar para taxas de evasão mais altas e considerar os custos econômicos para os governos e para as pessoas. Vale lembrar que os investimentos necessários para manter um estudante de graduação numa instituição pública são equivalentes aos custos do setor privado (veja-se, por exemplo, Jornal da USP, 18/11/2010, página 2, acessível pela internet). Em cursos de igual qualidade, os investimentos públicos podem ser significativamente inferiores aos de instituições privadas.
É necessário lembrar, ainda, que o ProUni coloca bons estudantes - afinal, são estudantes economicamente desfavorecidos e que, apesar disso, apresentam bom desempenho - em maus cursos. Em instituições públicas esses mesmos estudantes estariam frequentando cursos de melhor qualidade e em áreas de conhecimento mais adequadas para o País, seriam mais bem atendidos, encontrariam moradia, assistência médica e alimentação subsidiadas, poderiam envolver-se em bons programas de iniciação científica, teriam professores acessíveis, boas bibliotecas e amplas possibilidades de pós-graduação.
Melhor teria sido, em vez de criar um novo programa de subsídio ao setor privado, rever os resultados do ProUni e do Fies. O Pronatec deveria restringir-se a incentivar os setores públicos do ensino técnico, os quais deveriam trabalhar em rede para uma cobertura adequada do território nacional e considerando as necessidades das diferentes atividades profissionais e regiões do País.
* Professor no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), foi presidente do Inep e da Adusp / Professora aposentada do Instituto de Física da USP, foi vice-presidente da Regional São Paulo do Andes-SN
Fonte: OEstado de S. Paulo
Depois de tantos textos sobre esse tema, minha próxima postagem conterá minhas ponderações.
Ensino técnico, longe dos erros do passado
10 de agosto de 2011 | 0h 00
Otaviano Helene e Lighia Horodynski-Matsushigue* - O Estado de S.Paulo
Está em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei (o PL 1.209/ 2011) criando o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que pretende organizar e ampliar a oferta de cursos técnicos. Ao propor tal programa, o Executivo federal reconhece as deficiências na formação de quadros técnicos, tanto para o setor produtivo como em profissões associadas ao bem estar das pessoas, em particular nas áreas de saúde, educação e meio ambiente.
Entretanto, apesar de serem necessários incentivos a uma adequada formação de técnicos, tanto no aspecto do número insuficiente desses profissionais quanto na qualidade de sua educação, dependendo da forma que o programa vier a ter, pouco ou nada contribuirá para as suas finalidades, em especial se repetir os passos do ProUni e do Fies. Para prevenir que esse novo programa incorra em erros passados deveríamos evitar alguns aspectos do ProUni e do Fies, que financiam matrículas em instituições privadas.
Uma das características da educação superior brasileira é a sua privatização: estamos entre os três ou quatro países com a menor participação do setor público. Essa privatização faz o Brasil apresentar uma distribuição de estudantes pelas várias áreas do conhecimento bastante diferente da dos demais países. A nossa porcentagem de estudantes em cursos básicos de ciências, engenharias ou agropecuária, por exemplo, é significativamente menor do que nos demais países, enquanto a porcentagem de estudantes nas áreas de negócios e administração é significativamente maior. Essa distorção é provocada basicamente pelas instituições privadas, uma vez que a distribuição de estudantes nas instituições públicas obedece à regra mundial. Assim, subsídios ao setor privado acirram essa distorção.
Outra característica do ensino superior brasileiro diz respeito à qualidade dos cursos em instituições privadas. Como decorrência do fato de estas se preocuparem, necessariamente, com os seus balanços financeiros, muitas vezes em detrimento da qualidade dos seus cursos e das necessidades do País, quer sob o aspecto regional, quer em relação às diferentes áreas de conhecimento, subsídios ao setor privado acabam por incentivar maus cursos e más instituições.
O retorno social de grande parte dos cursos oferecidos pelas instituições privadas é muito baixo, tanto para a sociedade em geral quanto para os próprios estudantes, no que diz respeito às chances de trabalho nas áreas em que se graduaram, às possibilidades de acompanharem as mudanças tecnológicas e sociais e à remuneração que receberão. O ensino na maioria das instituições privadas pode ser classificado muito mais como uma revisão de algumas ferramentas - de matemática, interpretação de textos e de leis científicas - que deveriam ter sido fornecidas ao longo da educação básica, aliada a um treinamento em alguma área momentaneamente em voga e de baixo custo. Não é à toa que são abertas vagas ao sabor de modismos e fechadas tão logo esses modismos ou o "mercado de trabalho" (ou uma ilusão dele) se esgotem. Os exemplos mais recentes talvez sejam os cursos de Fisioterapia e de Educação Física. Assim, incentivos a uma expansão adicional das matrículas em instituições privadas são um desserviço à Nação.
Considerando a qualidade dos cursos, o próprio Tribunal de Contas da União (Relatório de Auditoria Operacional - Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), 2009) alertou para o fato de que, com o ProUni, "corre-se o risco de formar uma massa de profissionais com escassa qualificação para o mercado de trabalho". Além disso, "tem-se "pago" - indiretamente - um preço maior pelas vagas nas instituições privadas de ensino superior do que o montante que elas efetivamente valem".
Nesse contexto, antes de repetirem no ensino técnico os mesmos passos do ProUni e do Fies, seria necessário avaliar muito cuidadosamente os resultados desses programas. Além dos aspectos já salientados - que se devem repetir no ensino técnico -, há que atentar para taxas de evasão mais altas e considerar os custos econômicos para os governos e para as pessoas. Vale lembrar que os investimentos necessários para manter um estudante de graduação numa instituição pública são equivalentes aos custos do setor privado (veja-se, por exemplo, Jornal da USP, 18/11/2010, página 2, acessível pela internet). Em cursos de igual qualidade, os investimentos públicos podem ser significativamente inferiores aos de instituições privadas.
É necessário lembrar, ainda, que o ProUni coloca bons estudantes - afinal, são estudantes economicamente desfavorecidos e que, apesar disso, apresentam bom desempenho - em maus cursos. Em instituições públicas esses mesmos estudantes estariam frequentando cursos de melhor qualidade e em áreas de conhecimento mais adequadas para o País, seriam mais bem atendidos, encontrariam moradia, assistência médica e alimentação subsidiadas, poderiam envolver-se em bons programas de iniciação científica, teriam professores acessíveis, boas bibliotecas e amplas possibilidades de pós-graduação.
Melhor teria sido, em vez de criar um novo programa de subsídio ao setor privado, rever os resultados do ProUni e do Fies. O Pronatec deveria restringir-se a incentivar os setores públicos do ensino técnico, os quais deveriam trabalhar em rede para uma cobertura adequada do território nacional e considerando as necessidades das diferentes atividades profissionais e regiões do País.
* Professor no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), foi presidente do Inep e da Adusp / Professora aposentada do Instituto de Física da USP, foi vice-presidente da Regional São Paulo do Andes-SN
Fonte: OEstado de S. Paulo
UNEafro reivindica material público de preparação para o ENEM
A UNEafro-Brasil enviou ao MEC uma carta reivindicando a elaboração de um material didático preparatório ao ENEM, com disponibilização do conteúdo para livre reprodução pelos cursinhos comunitários e populares do país, assim como material para aplicação de simulados do exame. A entidade pede ainda que o material seja disponibilizado para todos os estudantes do 3º ano do ensino médio e aos cursinhos populares de todo o país.
A intenção é promover debates sobre a importância do material, com o intuito de ampliar o conhecimento do assunto e o apoio social para pressionar o MEC a atender a demanda.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Caminho errado?
O texto abaixo é de autoria do Luiz Araújo e foi publicado originalmente em seu blog no dia 3 de agosto. Traz ao debate o oferecimento de bolsas para pais de crianças que não conseguem vagas em creches públicas, com a finalidade de que o dinheiro seja utilizado para o pagamento dos serviços a serem prestados por uma entidade privada. Vale à pena a leitura e o debate.
Um dos problemas mais graves na educação nacional é a baixa cobertura no atendimento em creche. Apenas 18,4% das crianças conseguem inclusão em alguma unidade educacional, mesmo que muitas delas sejam precárias e mantidas por entidades comunitárias ou religiosas e subsidiadas pelo Poder Público.
Esta realidade é mais grave nas pequenas cidades, mas existe também nas cidades grandes. E como nestas cidades a sociedade civil e a imprensa são mais ativas, o problema ganha visibilidade e torna-se um problema político da agenda governamental.
A cidade mais rica do país não foge desta regra. Em 2010 tínhamos 170.239 crianças matriculadas em creche na capital de São Paulo, mas apenas 25,1% eram municipais.
Hoje a imprensa noticia algumas informações sobre esta ausência de política pública:
1ª. Que a Câmara Municipal de São Paulo aprovou projeto de lei de autoria do vereador Arselino Tatto (PT), que estabelece uma bolsa de R$ 272,50 para cada criança que esteja na fila de espera por uma vaga em creche;
2ª. Que existem 147 mil crianças esperando uma chance de estudar numa creche pública;
3ª. Que o Prefeito Kassab (PSD) diz que o problema não é falta de recursos para a construção das creches, mas a dificuldade em encontrar terrenos, desapropriar e construir as unidades. O que justificaria sua ideia de trocar terrenos por creches. O primeiro edital deve sair em cerca de dois meses.
O Plano Nacional de Educação que vigorou até dezembro propunha que hoje tivéssemos 50% das crianças de zero a três anos estudando. Esta meta não foi cumprida e a proposta enviada pelo governo para o novo plano repete a mesma meta.Será necessário incluir mais de 3 milhões de crianças no atendimento escolar somente para cumprir esta meta.
Este esforço precisa ser público e conjugado, ou seja, a obrigação é da prefeitura, mas cabe ao Estado e a União participar financeiramente deste esforço.
Construir uma unidade de educação infantil não é barato, mas o mais caro é manter o atendimento. Então, a justificativa do prefeito Kassab está incompleta e tergiversa com o fato notório de que seguidas administrações paulistas renegaram o atendimento em creche ao mundo privado.
Contudo, não me parece um bom caminho o projeto do vereador Arselino Tatto, pois caso sancionado provocará a destinação de recursos públicos para a iniciativa privada, pois repassará recursos públicos para os pais comprarem o serviço aonde ele existe, ou seja, nas escolas comunitárias, filantrópicas e privadas espalhadas pela cidade.
Sou favorável ao veto, mesmo que considere que a motivação do prefeito ao vetá-lo (certamente o fará!) não será tão nobre, pois a sua estratégia de troca de terrenos vai no mesmo caminho errado.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Entrelinhas de uma “reportagem”
O jornal Folha de S. Paulo de 8/8/2011 trouxe dois textos relacionados à educação que merecem ser lidos. Um deles é o texto Bolsa X Aprendizagem, sobre um estudo da FGV que relaciona o recebimento de recursos do Bolsa Família com o aprendizado de jovens que fazem parte de famílias beneficiadas pelo programa na cidade de São Paulo.
Apesar de o jornal enfocar um suposto dado ruim levantado pela pesquisa (os jovens de famílias beneficiadas têm desempenho igual ou inferior ao de outros de mesmo perfil sócio-econômico), quem lê o texto com cuidado pode entender nas entrelinhas o que o jornal não mostrou (ou escondeu, como preferirem). Para quem não conseguir entender, segue abaixo algumas observações de um colega de profissão dos autores do texto da Folha.
Apesar de o jornal enfocar um suposto dado ruim levantado pela pesquisa (os jovens de famílias beneficiadas têm desempenho igual ou inferior ao de outros de mesmo perfil sócio-econômico), quem lê o texto com cuidado pode entender nas entrelinhas o que o jornal não mostrou (ou escondeu, como preferirem). Para quem não conseguir entender, segue abaixo algumas observações de um colega de profissão dos autores do texto da Folha.
- Segundo o texto, é feita uma comparação entre o aprendizado entre jovens. Mas, em nenhum momento se observa se o desempenho dos jovens beneficiados, individualmente, melhorou depois que sua família passou a receber o benefício. Quem entende um só um pouquinho de Pedagogia e não quer apenas fazer um levantamento estatístico saberia que a avaliação deveria levar em conta o desenvolvimento cognitivo do aluno. A comparação com outros alunos deveria servir apenas para saber qual o nível médio de desenvolvimento na mesma série/ano, faixa etária do grupo social ao qual o jovem pertence;
- Outro ponto bastante importante, mas ao qual a reportagem/edição não deu tanta importância é com relação ao fato de que o Bolsa Família reduz a evasão escolar. Mesmo que o Bolsa Família não melhore a qualidade da educação, ele contribui para segurar o jovem na escola, o que já é uma grande coisa, como se pode notar no texto O paradoxo do ensino médio, publicado no mesmo dia e no mesmo jornal (leia comentários sobre esse texto);
- A terceira parte do texto vai para o lugar comum: “É preciso melhorar a qualidade da educação”. Isso não é novidade, todo mundo concorda com isso. Não é preciso realizar novas pesquisas para mostrar isso. Além do mais, os dados levantados pela pesquisa são questionáveis (leia texto Os efeitos do Bolsa Família na educação).
Marcadores:
Fundamental,
Geral,
Infantil,
Médio
O paradoxo do ensino médio
O jornal Folha de S. Paulo publicou hoje o texto com o título desta postagem: O paradoxo do ensino médio.
O autor, Fernando Veloso, foi muito feliz em suas colocações. Ele explica que, apesar da baixa qualidade, o ensino médio pode representar ganhos significativos para os jovens que o concluem. Se não em conhecimento e desenvolvimento cognitivo, pelo menos na possibilidade de verem a média salarial aumentar em mais de 30% em relação ao salário daqueles que cursaram apenas o ensino fundamental. Mas, segundo o autor, o paradoxo é que, mesmo com esse retorno monetário, ainda são baixas as taxas de matrícula e de conclusão no ensino médio.
Veloso aponta duas possibilidades pelo desinteresse dos jovens pelo ensino médio: 1. O aumento percentual de salário para o grupo específico de jovens que preferem não completar o ensino médio não seria tão grande quanto a média percentual de retorno monetário apresentada; 2. Os jovens desconhecem a informação do possível aumento percentual de salário para os concluintes do ensino médio.
Vale ressaltar que o texto se vale de reportagens publicadas no mesmo jornal (Folha de S. Paulo) que afirmam que 40% dos jovens evadem o ensino médio não por ter que trabalhar para ajudar a família, como muitos pensavam, mas por falta de interesse.
Eu aponto um terceiro possível motivo. O ensino médio está tão ruim e tão desvinculado da vida dos jovens que, mesmo sabendo do retorno financeiro, os jovens não conseguem permanecer na escola e evadem. Desacreditam que tamanha falta de nexo possa levar as empresas, mesmo conhecedoras da baixa qualidade da educação, concordarem em conceder aumentos salariais apenas por um papel chamado diploma. Pensando dessa forma, digo: Realmente o diploma não deveria valer tanto. O que deveria ter valor é a boa educação, o bom conteúdo, a boa aula... não uma folha de papel.
Aliás, para não dizer que estou comparando fontes diferentes, o mesmo jornal (Folha de S. Paulo), publicou no dia 20 de março de 2011, a reportagem Escolarizado é maioria entre desocupados na qual informa que faltam vagas para jovens que concluíram o ensino médio e sobram para aqueles que têm somente o fundamental, justamente porque as vagas disponíveis são para cargos com menores salários. Caramba! Que paradoxo! Se eu concluo o ensino médio não tenho vaga de trabalho, se não concluo ganho um salário-de-fome... Vladimir Lênin diria: Que fazer?* Mas, o jornal aponta que Mudança exige que trabalhador de nível médio ajuste expectativa, que País precisa aumentar formação técnica e que Falta de experiência afeta pessoas de baixa renda.
"O pulso ainda pulsa" e o paradoxo permance.
*Livro no qual Lênin aponta caminhos e ações a serem seguidos para se efetivar e se manter a revolução operária, para dar uma explicação básica.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Apoio à implantação de Universidade Pública na zona Noroeste da capital paulista
Moro na zona Sudeste capital paulista e não na Noroeste. Mas, apoio o movimento que luta pela implantação de uma universidade pública naquela região. Mais do que o desenvolvimento para a zona Noroeste, a implantação de uma universidade naquela área trará consigo o desenvolvimento para toda a cidade de São Paulo e, consequentemente, para o país.
Nas imediações de uma universidade se desenvolvem também o serviço e o comércio. Há ainda melhorias de infraestrutura (água e esgoto, luz, pavimentação, transporte, segurança pública...). Isso contribuirá, e muito, com uma região tão carente de investimentos como é a zona Noroeste.
A região na qual a universidade pública é implantada também é beneficiada na medida em que os alunos exercerem a extensão universitária com a comunidade. Um dos três pés que toda universidade deveria ter (Ensino, Pesquisa e Extensão).
Não desconsidero a educação recebida na vida (na universidade da vida), mas a universidade tem uma função específica, que é dar formação de nível superior à população. Os trabalhadores que já colocam em prática aquilo que aprendem na vida podem, com o ensino superior, relacionar seus conhecimentos práticos com a teoria e ciência. Isso os faz profissionais ainda melhores, seres humanos ainda melhores. O país todo sai ganhando com isso.
A educação sai ganhando, pois qualifica os profissionais que contribuem com o aprendizado das crianças, adolescentes e jovens.
É por isso e muito mais que apoio o movimento e peço também seu apoio. Leia a mensagem abaixo, acesse o link e exerça sua cidadania assinando o abaixo-assinado eletrônico. Faça mais, divulgue o abaixo assinado para seus amigos.
-------------------------------------------------------------------
Amigas e amigos,
Você já deve ter recebido alguma mensagem minha divulgando atividades do Movimento Pró-Universidade na Zona Noroeste. Pois bem, a luta continua e agora precisamos do seu apoio para ocupar o espaço virtual em apoio a essa causa.
Estamos colhendo assinaturas em um abaixo-assinado eletrônico com o maior número possível de apoiadores para entregarmos ao ministro da Educação, Fernando Haddad, e demais autoridades do ensino superior de São Paulo.
Para participar é muito simples. Basta acessar o link abaixo, preencher os dados solicitados e depois confirmar a assinatura pelo seu e-mail.
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N12801
Fique tranquilo. Ninguém consegue acessar o número do seu RG.
Se possível, além de assinar, ajude-nos mais um pouquinho encaminhando o link e essa explicação para seus contatos.
Mais informações sobre o movimento são encontradas no blog www.prouniversidadezonanoroeste.blogspot.com.
Abço e beijo,
Marcos Manoel
Nas imediações de uma universidade se desenvolvem também o serviço e o comércio. Há ainda melhorias de infraestrutura (água e esgoto, luz, pavimentação, transporte, segurança pública...). Isso contribuirá, e muito, com uma região tão carente de investimentos como é a zona Noroeste.
A região na qual a universidade pública é implantada também é beneficiada na medida em que os alunos exercerem a extensão universitária com a comunidade. Um dos três pés que toda universidade deveria ter (Ensino, Pesquisa e Extensão).
Não desconsidero a educação recebida na vida (na universidade da vida), mas a universidade tem uma função específica, que é dar formação de nível superior à população. Os trabalhadores que já colocam em prática aquilo que aprendem na vida podem, com o ensino superior, relacionar seus conhecimentos práticos com a teoria e ciência. Isso os faz profissionais ainda melhores, seres humanos ainda melhores. O país todo sai ganhando com isso.
A educação sai ganhando, pois qualifica os profissionais que contribuem com o aprendizado das crianças, adolescentes e jovens.
É por isso e muito mais que apoio o movimento e peço também seu apoio. Leia a mensagem abaixo, acesse o link e exerça sua cidadania assinando o abaixo-assinado eletrônico. Faça mais, divulgue o abaixo assinado para seus amigos.
-------------------------------------------------------------------
Amigas e amigos,
Você já deve ter recebido alguma mensagem minha divulgando atividades do Movimento Pró-Universidade na Zona Noroeste. Pois bem, a luta continua e agora precisamos do seu apoio para ocupar o espaço virtual em apoio a essa causa.
Estamos colhendo assinaturas em um abaixo-assinado eletrônico com o maior número possível de apoiadores para entregarmos ao ministro da Educação, Fernando Haddad, e demais autoridades do ensino superior de São Paulo.
Para participar é muito simples. Basta acessar o link abaixo, preencher os dados solicitados e depois confirmar a assinatura pelo seu e-mail.
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N12801
Fique tranquilo. Ninguém consegue acessar o número do seu RG.
Se possível, além de assinar, ajude-nos mais um pouquinho encaminhando o link e essa explicação para seus contatos.
Mais informações sobre o movimento são encontradas no blog www.prouniversidadezonanoroeste.blogspot.com.
Abço e beijo,
Marcos Manoel
Plano plurianual de SP reforça ensino básico
Ainda não tive como analisar e o próprio governo de São Paulo, em nota, diz que a versão divulgada é preliminar e as conclusões podem ser precipitadas. Mas, parece que, finalmente, os tucanos vão fazer alguma coisa boa para a educação. Leiam abaixo e tirem suas conclusões.
----------------------------------------
----------------------------------------
----------------------------------------
Metas para o período 2012-2015 incluem ampliação do ensino médio técnico, reforma de sistema de avaliação e apoio a escolas vulneráveis
Nos próximos quatro anos, o governo estadual pretende reforçar o currículo da educação básica, ampliar o ensino médio técnico, fazer um projeto para 1.208 escolas de maior vulnerabilidade educacional e repensar o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). Também há iniciativas para melhorar políticas de educação especial e de jovens e adultos.
As informações constam no Plano Plurianual 2012-2015, ao qual a reportagem do Estado teve acesso. O documento reúne investimentos e metas que cada órgão do governo deve fazer até o mandato seguinte. O projeto, que pode sofrer alterações, será enviado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) a Assembleia Legislativa neste mês.
As metas da Secretaria Estadual de Educação para o período se dividem em cinco eixos: valorização dos profissionais da educação; gestão do currículo; gestão administrativa; infraestrutura e políticas publicas.
Para reforçar o currículo, a pasta pretende, por exemplo, manter programas como o Ler e Escrever. Tambem deve ocorrer a articulação das dimensões trabalho, ciência, cultura e tecnologia no currículo do ensino médio, prevista por uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE). Há o objetivo também de promover concursos públicos periódicos, em que os docentes aprovados teriam cursos de iniciação ao currículo.
Ainda nessa frente, o governo busca estruturar o tempo integral e quer a integração e o apoio das universidades para diversas ações, como a formação dos professores e a intervenção nas escolas com os piores índices de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp).
Em relação ao Saresp, o PPA prevê a criação de um banco de itens calibrados; a revisão das matrizes de referencia de todas as disciplinas e propõe que a pasta pense em aumentar a periodicidade da prova, que é anual.
Algumas metas do novo PPA já foram anunciadas pelo titular da pasta, Herman Voorwald, nos primeiros meses de governo, como a revisão da política salarial e o plano de carreira do magistério; reforma estrutural da pasta; revisão da valorização pelo mérito; reorganização da progressão continuada e ampliação do ensino médio técnico.
Em nota, o governo afirma que o PPA 2012-2015 esta “em elaboração” e que “a divulgação de qualquer versão preliminar obtida em sistemas internos da administração é precipitada, certamente incompleta e pode levar a conclusões equivocadas”. /
ATÉ 2015
● Idesp
O governo que elevar o Idesp do ciclo 1 do ensino fundamental para 4,39; do ciclo 2, para 2,83; e do médio, para 2
● Escolas vulneráveis
Valorizar o quadro pedagógico e recuperar a infraestrutura das 1.208 escolas – as “escolas prioritárias” – de maior vulnerabilidade educacional
● Tecnologia
Padronizar 100% das escolas ao modelo tecnológico da secretaria
● Rede física
Reduzir de 6% para 2% o déficit de salas de aula
Fonte:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110802/not_imp752985,0.php
http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2011/08/02/A16.pdf
Marcadores:
Fundamental,
Infantil,
Médio
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Maria, que vida...
Fazia algum tempo que queria ter postado um texto sobre esse curta de 8min31seg. Mas, todas as vezes que eu encontrava algo sobre ele as imagens já haviam sido bloqueadas em decorrência dos direitos autorais do produtor.
Concordo que o produtor tem que cobrar por essa obra de arte, mas privar a sociedade de ver esse pequeno filme é uma afronta... hehehe... Agora, encontrei um lugar que me parece não estar sujeito ao bloqueio das imagens. Então, aproveitem... e logo, antes que as imagens sejam bloqueadas mais uma vez.
Com certeza vocês vão amar e poderão refletir sobre o que faz com que a sociedade permaneça como sempre foi.
Uma PRECIOSA história de esperança
O filme Preciosa - Uma história de esperança aborda assuntos como: violência doméstica, preconceito, gravidez na adolescência e educação.
Numa trama dramática, a história de uma jovem negra do Halem nos instiga a refletir sobre o papel da família na construção da auto-imagem da pessoa e a importância dos profissionais de educação estimularem seus alunos a sonhar e a ir além do que pensam ser capazes de realizar.
Numa trama dramática, a história de uma jovem negra do Halem nos instiga a refletir sobre o papel da família na construção da auto-imagem da pessoa e a importância dos profissionais de educação estimularem seus alunos a sonhar e a ir além do que pensam ser capazes de realizar.
Expulsa de um colégio regular, Preciosa é encaminhada para um curso supletivo. Mas, o que parecia ser um castigo na verdade foi um “divisor de águas” na vida da jovem, que com a ajuda da professora descobre seu talento para escrever, sua facilidade em matemática e principalmente, que é possível redigir uma história diferente daquela que sua família violenta insistia em lhe destinar.
Título original: (Precious: Based on the Novel Push by Sapphire)
Lançamento: 2009 (EUA)
Direção: Lee Daniels
Atores: Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Rodney Jackson, Paula Patton.
Duração: 110 min
Gênero: Drama
Lançamento: 2009 (EUA)
Direção: Lee Daniels
Atores: Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Rodney Jackson, Paula Patton.
Duração: 110 min
Gênero: Drama
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Audiência debate parceira entre saúde e educação
Retirado do D.O. Poder Legislativo 1/06/2011
Monica Ferrero
A prevenção e orientação nas escolas com o trabalho
de psicólogos e assistentes sociais foi tema de audiência
nesta terça-feira, 31/5. O assunto é tema do Projeto de
Lei 441/2011, de autoria do deputado Marcos Martins
(PT), que teve a iniciativa da audiência. O projeto prevê
o atendimento de psicólogos e assistentes sociais aos
estudantes das escolas públicas de educação básica.
Já analisada pelas comissões temáticas da Assembleia
Legislativa e pronta para ser votada, a propositura visa
“criar uma interface das escolas com as famílias”,
segundo Martins, visando beneficiar, por exemplo,
alunos que, por algum motivo, não conseguem
acompanhar seus colegas em classe.
Monica Ferrero
A prevenção e orientação nas escolas com o trabalho
de psicólogos e assistentes sociais foi tema de audiência
nesta terça-feira, 31/5. O assunto é tema do Projeto de
Lei 441/2011, de autoria do deputado Marcos Martins
(PT), que teve a iniciativa da audiência. O projeto prevê
o atendimento de psicólogos e assistentes sociais aos
estudantes das escolas públicas de educação básica.
Já analisada pelas comissões temáticas da Assembleia
Legislativa e pronta para ser votada, a propositura visa
“criar uma interface das escolas com as famílias”,
segundo Martins, visando beneficiar, por exemplo,
alunos que, por algum motivo, não conseguem
acompanhar seus colegas em classe.
A intenção da reunião foi também formar uma
comissão permanente para acompanhar a tramitação
do projeto e discutir temas afins. A primeira reunião
desta comissão será dia 14/6, às 18h, na Assembleia
Legislativa.
comissão permanente para acompanhar a tramitação
do projeto e discutir temas afins. A primeira reunião
desta comissão será dia 14/6, às 18h, na Assembleia
Legislativa.
A mesa dos trabalhos foi composta por Gilma Maria
Rossafá, secretária de Assistência e Promoção Social de
Osasco, Carla Bianca Angelucci, do Conselho Regional
de Psicologia de São Paulo, Thales Cesar de Oliveira,
promotor de Justiça da 2ª Vara de Infância e Juventude
da capital, Luís Araujo de Lima, diretor do Sindicato de
Psicologia do Estado de São Paulo, e Antonio Dantas,
presidente do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente de Osasco.
Rossafá, secretária de Assistência e Promoção Social de
Osasco, Carla Bianca Angelucci, do Conselho Regional
de Psicologia de São Paulo, Thales Cesar de Oliveira,
promotor de Justiça da 2ª Vara de Infância e Juventude
da capital, Luís Araujo de Lima, diretor do Sindicato de
Psicologia do Estado de São Paulo, e Antonio Dantas,
presidente do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente de Osasco.
Os convidados elogiaram a iniciativa do projeto
e expressaram sua preocupação com os complexos
desafios que o ambiente escolar da atualidade apresenta.
Dentre as preocupações, Gilma Rossafá apontou o fato
de que, hoje, as escolas não preparam os jovens para a
construção de um projeto de vida, e disse que é preciso
mudar a forma de se fazer políticas públicas para a
população pobre, que demanda qualidade e respeito.
“A prevenção é melhor que a reparação de danos”, disse
Antonio Dantas. Na mesma linha, o promotor Thales de
Oliveira afirmou que escolas são mais baratas que unidades
da Fundação Casa, pois o custo de um interno é de R$ 2 mil
por mês. “Se metade desse valor fosse investido em escolas,
a Fundação Casa não seria necessária”. Ele falou ainda que
dinheiro para investimentos existe, mas a “teia burocratizante”
governamental emperra sua liberação para a educação.
Debates
e expressaram sua preocupação com os complexos
desafios que o ambiente escolar da atualidade apresenta.
Dentre as preocupações, Gilma Rossafá apontou o fato
de que, hoje, as escolas não preparam os jovens para a
construção de um projeto de vida, e disse que é preciso
mudar a forma de se fazer políticas públicas para a
população pobre, que demanda qualidade e respeito.
“A prevenção é melhor que a reparação de danos”, disse
Antonio Dantas. Na mesma linha, o promotor Thales de
Oliveira afirmou que escolas são mais baratas que unidades
da Fundação Casa, pois o custo de um interno é de R$ 2 mil
por mês. “Se metade desse valor fosse investido em escolas,
a Fundação Casa não seria necessária”. Ele falou ainda que
dinheiro para investimentos existe, mas a “teia burocratizante”
governamental emperra sua liberação para a educação.
Debates
Foi questionado, primeiramente por Luís Araujo, o
artigo 1º do PL 441/2007, que prevê que o atendimento
aos alunos seja prestado por psicólogos vinculados
ao Sistema Único de Saúde e por assistentes sociais
vinculados aos serviços públicos. Segundo os
participantes, deveria ser criado um corpo próprio desses
profissionais, com especialização em educação.
Esse direito a atendimento psicológico foi subtraído
do trabalho educacional desde 1990, lembrou Carla
Angelucci. Ela falou também situação precária dos
educadores, desde a remuneração até ao cerceamento
de sua criatividade, o que tem por efeito a rebelião dos
educandos e o adoecimento do corpo docente.
artigo 1º do PL 441/2007, que prevê que o atendimento
aos alunos seja prestado por psicólogos vinculados
ao Sistema Único de Saúde e por assistentes sociais
vinculados aos serviços públicos. Segundo os
participantes, deveria ser criado um corpo próprio desses
profissionais, com especialização em educação.
Esse direito a atendimento psicológico foi subtraído
do trabalho educacional desde 1990, lembrou Carla
Angelucci. Ela falou também situação precária dos
educadores, desde a remuneração até ao cerceamento
de sua criatividade, o que tem por efeito a rebelião dos
educandos e o adoecimento do corpo docente.
A seguir, foi aberto debate entre o público presente e
os convidados. O deputado Marcos Martins, ao término
da reunião, dispôs-se a realizar audiências semelhantes
para debater o PL 441/2007 em outras cidades, para
aperfeiçoar o projeto antes de sua votação.
os convidados. O deputado Marcos Martins, ao término
da reunião, dispôs-se a realizar audiências semelhantes
para debater o PL 441/2007 em outras cidades, para
aperfeiçoar o projeto antes de sua votação.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Flexibilizado currículo do ensino médio
Não tive tempo de escrever um texto opinando sobre a flexibilização do currículo do ensino médio, mas acho importante que todos criem suas opiniões sobre isso e estimulem o debate. Por isso, mesmo sem dar minha opinião, reproduzo reportagem veiculada na Folha de S.Paulo de hoje (5/5/2011).
Fonte: Folha de S.Paulo
Fonte: Folha de S.Paulo
Conselho torna currículo do ensino médio mais flexível
De acordo com seu perfil, escolas poderão enfatizar algumas disciplinas
No ensino noturno, 20% das aulas poderão ser ministradas a distância e curso poderá ter mais que os atuais três anos
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIAO CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou ontem novas diretrizes para o ensino médio que incentivam as escolas a elaborar currículos mais flexíveis e adaptados ao contexto dos estudantes.
A ideia é que cada colégio organize o ensino em torno de quatro grandes áreas: trabalho, tecnologia, ciência e cultura. A partir delas, o currículo poderia enfatizar algumas disciplinas.
Uma escola que fica em uma localidade industrial, por exemplo, poderia enfatizar tecnologia e trabalho e, dessa forma, dar mais espaço a física e química na grade.
Não se pode, porém, deixar as outras disciplinas de lado. Ou seja: todas as escolas continuam tendo a obrigação de ensinar matemática, português, ciências, filosofia e sociologia. A diferença é que, com as novas diretrizes, elas ganham um incentivo para dosar a grade horária como preferirem.
A autonomia das escolas em relação à organização da carga horária já é permitida hoje pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996. O CNE espera que as diretrizes sejam mais um incentivo.
As diretrizes também mudam o ensino médio noturno, onde estudam cerca de 40% dos alunos. Elas permitem que até 20% das aulas sejam a distância e que o curso dure mais do que os atuais três anos.
O documento aprovado ontem no conselho ainda tem que ser homologado pelo ministro Fernando Haddad (Educação). Segundo José Fernandes de Lima, relator do tema no CNE, há grandes chances de isso acontecer, porque o texto foi construído com consultas ao Ministério da Educação. Já a pasta diz que o ministro ainda vai analisar o documento.
O próprio MEC tem um programa que incentiva financeiramente 357 colégios com propostas curriculares inovadoras e que trabalha com as quatro grandes áreas.
Carlos Roberto Jamil Cury, professor da PUC-MG e ex-presidente do CNE, elogia a decisão do conselho, mas ressalva que ela só explicita uma possibilidade que já estava prevista na legislação.
O que aconteceu, diz ele, é que os vestibulares e, mais recentemente, o Enem acabaram pautando mais o ensino médio do que as diretrizes. Ou seja, pouco vai adiantar mudar o currículo se os processos seletivos não forem modificados.
Em relação ao ensino noturno, Cury afirma que a novidade tem o mérito de incluir o aluno no mundo das novas tecnologias, mas, por outro lado, manifestou o receio de que isso seja feito sem o suporte necessário, tanto de equipamentos como de professores, o que prejudicaria a qualidade do ensino.
Para Carlos Eduardo Ferraço, professor da Universidade Federal do Espírito Santo, é interessante valorizar o contexto do aluno no projeto pedagógico da escola, mas isso não deve restringir o que o aluno aprende.
Fonte: Folha de S.Paulo
ENTREVISTA
Governos terão de acompanhar, diz pesquisador
DE SÃO PAULO
As alterações são positivas, mas o sucesso dependerá do acompanhamento que as escolas receberão dos governos, diz o pesquisador Antonio Chizzotti, professor e ex-coordenador da pós-graduação em currículo da PUC-SP.
Folha - As mudanças aprovadas são positivas?
Antonio Chizzotti - Sim. É importante que as escolas tenham mais liberdade, estejam atentas às demandas locais. Um currículo muito engessado afasta os alunos.Há algum risco?
O problema é a nova organização cair na improvisação. As escolas, principalmente as de municípios menores, precisarão do apoio consistente da União, de Estados e municípios.Fonte: Folha de S.Paulo
sábado, 30 de abril de 2011
IBGE divulga preliminares do Censo 2010
Lembra que no ano passado pesquisadores do IBGE foram de casa em casa com uma maquininha em mãos captando dados da população. Incrível o que a tecnologia não faz. Ontem foram divulgados os primeiros dados do Censo 2010.
Incrível também é ver que, somente o avanço tecnológico não é capaz de superar a falta de distribuição de renda e a diferença entre as classes sociais.
Os dados preliminares apontam que 14 milhões de brasileiros acima dos 15 anos não sabe ler nem escrever. Isso não é pouco. Representa 9,6% da população, que agora chega a 190 milhões de pessoas.
É claro que, com tamanha desigualdade de distribuição de renda, a maioria dos analfabetos do país está no Nordeste. Sozinha região concentra 53,3% dos analfabetos brasileiros (7,43 milhões de pessoas). Lá, o índice de analfabetismo é de 19,1%. Em Alagoas chega a 24,3%.
Se olharmos os dados de 2000 veremos que houve uma grande melhora. O Censo daquele ano apontava que 33,4% da população de Alagoas eram analfabetos. Veremos também que as regiões Nordeste e Norte, que têm os piores índices são as regiões que apresentaram, percentualmente, as maiores quedas do analfabetismo.
Mas, ao analisarmos os dados do Censo de 2010, veremos que as disparidades ainda são enormes entre os estados mais pobres e mais ricos da Nação e mesmo entre as áreas rural e urbana.
Quanto tempo mais vamos ter que esperar para que o desenvolvimento econômico e tecnológico do país proporcione também o desenvolvimento social? Quanto tempo mais vamos ter que esperar para que não haja tanta diferença entre as classes sociais? Mostram o “doce” para a “criança” e não querem que ela fique com vontade de comê-lo. Depois reclamam dos furtos e roubos nos semáforos.
Taxas de analfabetismo
2000 | 2010 | |
Brasil | 13,6% | 9,6% |
Norte | 16,3% | 11,2% |
Nordeste | 26,2% | 19,1% |
Centro-Oeste | 10,8% | 7,2% |
Sul | 7,7% | 5,1% |
Sudeste | 8,1% | 5,5% |
quinta-feira, 28 de abril de 2011
É sério, ou estou ouvindo coisas?
Ao abrir o jornal hoje, li uma chamada que me deixou impressionado: “Professor terá 1/3 da jornada fora de sala”. Trata-se de uma decisão do STF que, finalmente, obriga que se considere o tempo utilizado por professores da educação básica (ensino infantil, fundamental e médio) para o planejamento de aulas e aperfeiçoamento profissional como horas trabalhadas.
Como já relatado neste blog, no início do mês, o Supremo já havia confirmado a validade da lei que fixou o Piso Nacional para os professores.
Como naquela ocasião, recomendo cautela na comemoração. Apesar da decisão, o Judiciário poderá analisar novamente as regras que fixaram a divisão da jornada de trabalho dos professores. Isso porque não foi formada uma maioria na votação. Dessa forma, o resultado do julgamento não teve um efeito vinculante e o assunto poderá ser debatido de novo no futuro durante o julgamento de ações movidas por outros Estados ou municípios.
Vale à pena ler texto sobre esse mesmo assunto postado no blog do Luiz Araújo.
Como já relatado neste blog, no início do mês, o Supremo já havia confirmado a validade da lei que fixou o Piso Nacional para os professores.
Como naquela ocasião, recomendo cautela na comemoração. Apesar da decisão, o Judiciário poderá analisar novamente as regras que fixaram a divisão da jornada de trabalho dos professores. Isso porque não foi formada uma maioria na votação. Dessa forma, o resultado do julgamento não teve um efeito vinculante e o assunto poderá ser debatido de novo no futuro durante o julgamento de ações movidas por outros Estados ou municípios.
Vale à pena ler texto sobre esse mesmo assunto postado no blog do Luiz Araújo.
Marcadores:
Fundamental,
Geral,
Infantil,
Médio
terça-feira, 19 de abril de 2011
Educação nas prisões
sábado, 9 de abril de 2011
Princípios inegociáveis
O blog Uma liberdade virtual publicou uma reflexão sobre “princípios inegociáveis”. Acho muito importante a discussão sobre esse assunto. Atualmente parece que as pessoas não têm muitos princípios. Ou, então, os meus valores são muito diferentes. Será que sou anacrônico? Para onde vai a sociedade?
Reproduzo abaixo a postagem, mas vale à pena acessar o blog citado. Tem muita coisa legal lá.
---------------------------------------------
Quais são seus princípios inegociáveis?
“Fonte ou causa de uma ação” Dicionário Aurélio.
“Ponto de partida; Norma de conduta; Modo de ver; opinião, parecer: Sempre fiel aos seus princípios; Doutrinas fundamentais ou opiniões predominantes: Princípios políticos.” Dicionário Michaelis.
Será que é isto mesmo? Para mim, princípio é uma coisa “hormonal” que é construída socialmente e torna-se como ponto de partida para as práticas cotidianas. Os princípios norteiam o indivíduo a partir do momento que ele é internalizado e começa a fazer sentido defendê-lo. Os meus princípios inegociáveis são justiça, igualdade, solidariedade e Indignação. Contudo definir princípios é extremamente difícil porque no fundo são sentimentos importantíssimos que carregamos e talvez as palavras não consigam expressar.
Apesar de servir individualmente esta pergunta é também necessária fazê-la para as entidades civis. Por exemplo, resolvi fazer esta pergunta no Seminário Interno da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) do Rio de Janeiro e Niterói a qual faço parte como coordenador de comunicação e a resposta foi a seguinte: “horinzontalidade entre os sócios; autonomia das seções locais; e gestão coletiva”.
Fica a pergunta para você e para sua entidade (caso faça parte de uma).
Gustavo Azevedo, Geógrafo e Educador.
Reproduzo abaixo a postagem, mas vale à pena acessar o blog citado. Tem muita coisa legal lá.
---------------------------------------------
Quais são seus princípios inegociáveis?
“Fonte ou causa de uma ação” Dicionário Aurélio.
“Ponto de partida; Norma de conduta; Modo de ver; opinião, parecer: Sempre fiel aos seus princípios; Doutrinas fundamentais ou opiniões predominantes: Princípios políticos.” Dicionário Michaelis.
Será que é isto mesmo? Para mim, princípio é uma coisa “hormonal” que é construída socialmente e torna-se como ponto de partida para as práticas cotidianas. Os princípios norteiam o indivíduo a partir do momento que ele é internalizado e começa a fazer sentido defendê-lo. Os meus princípios inegociáveis são justiça, igualdade, solidariedade e Indignação. Contudo definir princípios é extremamente difícil porque no fundo são sentimentos importantíssimos que carregamos e talvez as palavras não consigam expressar.
Apesar de servir individualmente esta pergunta é também necessária fazê-la para as entidades civis. Por exemplo, resolvi fazer esta pergunta no Seminário Interno da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) do Rio de Janeiro e Niterói a qual faço parte como coordenador de comunicação e a resposta foi a seguinte: “horinzontalidade entre os sócios; autonomia das seções locais; e gestão coletiva”.
Fica a pergunta para você e para sua entidade (caso faça parte de uma).
Gustavo Azevedo, Geógrafo e Educador.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Falta de vagas em educação infantil gera pedido de ação judicial contra Kassab
Texto publicado no site da Ação Educativa informa que “devido ao persistente descumprimento de decisões judiciais que determinam o atendimento da demanda por educação infantil na Cidade de São Paulo, e à ‘inequívoca ilegalidade e ineficiência’ da política educacional da prefeitura paulistana no atendimento do direito fundamental à educação infantil das crianças de zero a cinco anos, o Ministério Público de São Paulo propôs uma ação civil pública de improbidade administrativa contra o prefeito da Capital Paulista, Gilberto Kassab”.
A ação, proposta pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude da Cidade de São Paulo, é também resultado da mobilização da sociedade civil pelo direito à educação infantil, que utiliza como estratégia – além da pressão sobre os poderes Executivo e Legislativo – agir junto ao Sistema de Justiça, propondo diretamente ações civis públicas ou encaminhando denúncias para o Ministério Público e a Defensoria Pública.
Leia a petição inicial do MP.
Leia a íntegra do texto no site da Ação Educativa.
A ação, proposta pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude da Cidade de São Paulo, é também resultado da mobilização da sociedade civil pelo direito à educação infantil, que utiliza como estratégia – além da pressão sobre os poderes Executivo e Legislativo – agir junto ao Sistema de Justiça, propondo diretamente ações civis públicas ou encaminhando denúncias para o Ministério Público e a Defensoria Pública.
Leia a petição inicial do MP.
Leia a íntegra do texto no site da Ação Educativa.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Mudanças no currículo do ensino médio: Pior do que está pode ficar
Além da aprovação da Lei do Piso Nacional dos Professores e do anúncio do lançamento do material didático para corrigir falhas no ensino da histórica da África e, consequentemente, de nossa própria história, também me chamou a atenção outras duas notícias veiculadas entre ontem e hoje.
A primeira, veiculada pelo Estadão é com relação ao adiamento pelo CNE da votação sobre as mudanças no currículo do ensino médio. Na verdade, são três textos sobre esse assunto (texto 1; texto 2; texto 3).
O segundo texto, veiculado no Uol Educação, também diz respeito à educação de jovens. Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, informa que
A primeira, veiculada pelo Estadão é com relação ao adiamento pelo CNE da votação sobre as mudanças no currículo do ensino médio. Na verdade, são três textos sobre esse assunto (texto 1; texto 2; texto 3).
O segundo texto, veiculado no Uol Educação, também diz respeito à educação de jovens. Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, informa que
Piso aprovado, mas professores ainda podem ser pisados
A categoria dos professores conquistou uma importante vitória na tarde de ontem. O STF considerou constitucional a Lei 11.738/08, conhecida como Lei do Piso (veja explicação). Essa era uma reivindicação antiga da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).
O Governo Lula havia sancionado a Lei em 2008, mas governadores entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4167) alegando que ela feria a Constituição Federal ao se intrometer em questões orçamentárias dos estados e municípios, ferindo o Pacto Federativo. Outros pediam alterações na Lei, de forma que os famigerados bônus e gratificações pudessem ser considerados no cômputo do piso, o que a lei não permite.
Foi uma vitória de batalha, mas a guerra não acabou. Ainda não é possível baixar a guarda. Um dos pontos da lei (que diz respeito à quantidade de horas a serem trabalhadas e as que devem ser reservadas para o HTP) ainda foi votado por falta de quórum para sua aprovação. Ou seja, se os professores não ficarem atentos, vão querer que o piso seja pago àqueles que estiverem 24h por dia em sala de aula.
Fonte: Uol Educação
O Governo Lula havia sancionado a Lei em 2008, mas governadores entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4167) alegando que ela feria a Constituição Federal ao se intrometer em questões orçamentárias dos estados e municípios, ferindo o Pacto Federativo. Outros pediam alterações na Lei, de forma que os famigerados bônus e gratificações pudessem ser considerados no cômputo do piso, o que a lei não permite.
Foi uma vitória de batalha, mas a guerra não acabou. Ainda não é possível baixar a guarda. Um dos pontos da lei (que diz respeito à quantidade de horas a serem trabalhadas e as que devem ser reservadas para o HTP) ainda foi votado por falta de quórum para sua aprovação. Ou seja, se os professores não ficarem atentos, vão querer que o piso seja pago àqueles que estiverem 24h por dia em sala de aula.
Fonte: Uol Educação
História da África: Para corrigir falhas no ensino
Ficará pronto no segundo semestre deste ano o material pedagógico para o ensino obrigatório da história da África nas escolas da rede pública e do setor privado, conforme determina Lei 10.639, de 2003. Segundo o coordenador-geral de Diversidade do MEC (Ministério da Educação), Antônio Mário Ferreira, estão sendo elaborados livros para professores e alunos desde o nível infantil até o ensino médio e fundamental. Além disso, será disponibilizado um atlas, que relaciona a África com os demais continentes e, em especial, a ligação com o Brasil e a América Latina.
Ferreira participou hoje (6) do lançamento, em São Paulo, da coleção História Geral da África, na versão em português, no Teatro Tucarena, na PUC (Pontifícia Universidade Católica), na capital paulista.
O representante do MEC informou que será feito um resumo da coleção para ser usado nas universidades. “A partir desta obra vamos reconstruir a história do Brasil e propiciar para o ensino futuro o conhecimento sobre a história da África e dos negros no mundo. Serão homens e mulheres que vão perceber a diversidade e as reais origens da etnia social ”, disse.
Ferreira observou
Ferreira participou hoje (6) do lançamento, em São Paulo, da coleção História Geral da África, na versão em português, no Teatro Tucarena, na PUC (Pontifícia Universidade Católica), na capital paulista.
O representante do MEC informou que será feito um resumo da coleção para ser usado nas universidades. “A partir desta obra vamos reconstruir a história do Brasil e propiciar para o ensino futuro o conhecimento sobre a história da África e dos negros no mundo. Serão homens e mulheres que vão perceber a diversidade e as reais origens da etnia social ”, disse.
Ferreira observou
Assinar:
Postagens (Atom)