Faixa etária média dos alunos de cursos tecnológicos vai de 18 a 23 anos
Cursos de tecnologia não são para indecisos. Pesquisa obtida pelo Fovest revela que o aluno dessa modalidade de graduação sabe o que quer, apesar da juventude - 59% deles têm, em média, entre 18 e 23 anos.
"Quando o aluno escolhe o curso tecnológico, já está mais certo sobre a área que vai seguir. Quando está indeciso, opta por um curso de bacharelado, mais generalista", afirma Andréa Andrade, diretora da Sepec (secretaria do Ministério da Educação responsável pelos cursos tecnológicos).
Ela entrevistou 625 pessoas para elaborar o perfil dos estudantes de cursos de tecnologia. A pesquisa subsidiou a dissertação de mestrado que Andréa defendeu neste ano na UnB (Universidade de Brasília). "O aluno já tem visão de futuro e uma expectativa bem específica. Já vem bem mais focado", afirma Newton Marchi, do Senai, com nove unidades no Estado de São Paulo.
Outra pesquisa indica
que quem cursa graduação tecnológica tem afinidade prévia com a área escolhida. Segundo a Fatec, 27% dos seus alunos haviam feito curso de nível técnico no ensino médio na mesma área da carreira que escolheram na faculdade.
Outros 24% tinham curso técnico de outras áreas. "Quando a pessoa já trabalha naquela área, ganha demais com a especialização", afirma Andréa. Segundo ela, o governo se preocupa coma criação de cursos que atendam a demandas regionais. É o caso, por exemplo, do curso tecnológico em viticultura, oferecido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul em Bento Gonçalves.
Os mais recentes a terem sido criados foram de biocombustíveis, produção cultural, mecânica de precisão e agroecologia, adicionados ao catálogo nacional no ano passado.
Por serem ligados ao setor produtivo, a maioria dos cursos tecnológicos ocorre à noite. As mensalidades nas escolas particulares custam em média R$ 500.(RG)
Fonte: Folha de S.Paulo
(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/fovest/fo2508200904.htm)
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