Nessa modalidade, a graduação dura de 2 a 3 anos
RICARDO GALLO - FOLHA DE S. PAULOTal qual Flávio, o que mais atrai os alunos de graduação tecnológica é a possibilidade de obter um emprego. Cerca de 86% dos estudantes levaram em conta o mercado na hora de escolher o curso, segundo uma pesquisa - 45% dizem que "é um curso focado numa área com boas chances de emprego" e 41% dizem que "o mercado valoriza o diploma de curso superior tecnológico".
A pesquisa está em dissertação de mestrado de Andréa Andrade, diretora da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC. Estudo da Fatec (Faculdade De Tecnologia de SP) tem resultado semelhante: 87% estudam ali porque acreditam que assim terão mais chance de emprego. Os dados comprovam a expectativa.
No Centro Universitário Senac, onde Flávio estuda, a empregabilidade média é de 85%; nas Fatecs, 93% dos formados há um ano estão empregados. No Senai (ligado à indústria), o índice chega a 100% (em automação industrial). "O mercado precisa de profissionais com conhecimento aprofundado", diz Eduardo Ehlers, diretor do Senac.
Segundo Roberta Froncillo,
responsável pelo sistema de avaliação do Centro Paula Souza, "a crise até agora não atingiu os nossos tecnológos". O órgão abriga as Fatecs - são 48 no Estado de São Paulo.
Uma explicação para a alta empregabilidade está no fato de os cursos serem criados, em geral, a partir de demandas de mercado. Há 102 tipos de cursos superiores de tecnologia autorizados a funcionar pelo MEC, de áreas tão diversas como hotelaria, jogos digitais e automação industrial. O primeiro foi o de hotelaria, criado em1989 pelo Senac, instituição que surgiu para atender às demandas da área de comércio.
Crescimento
Nos últimos anos, os cursos tecnológicos têm crescido muito. De 2002 a 2007, o número de novos alunos aumentou 391%, bem acima da média do ensino superior (22%).
E qual a diferença do curso tecnológico para um bacharelado? "O bacharelado é um curso mais amplo. O tecnológico tem maior profundidade, especialização em determinada área e é voltado para o setor produtivo", afirma Newton Marchi, gerente de administração dos cursos superiores do Senai.
Fonte: Folha de S.Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/fovest/fo2508200903.htm
Flávio Cavalheiro, 19, saiu do ensino médio técnico disposto a trabalhar com animação gráfica. Pensou muito até decidir: precisava de um curso específico. Entrou em produção multimídia, curso superior tecnológico de dois anos. Três semestres depois, está empregado.
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