segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Educação é maior aposta contra a violência

Proposta sobre acesso a escola e lazer foi enviada por 70% das reuniões preliminares da I Conferência Nacional de Segurança Pública
da PrimaPagina
Melhorar a educação como forma de prevenir a violência é a medida mais defendida pelos que enviaram propostas à I CONSEG (Conferência Nacional de Segurança Pública). O projeto que inclui a criação de mais creches, escolas de período integral e a melhoria do policiamento nas escolas foi tema de proposta de 70% dos eventos regionais que antecederam a discussão na capital. Com outras propostas, a ideia será votada na conferência, que começa nesta segunda-feira em Brasília.

A I CONSEG reúne membros do governo, de ONGs e policiais para debater a criação de um Plano Nacional de Segurança Pública. Desde o início do ano, foram promovidas conferências menores: municipais, estaduais e as chamadas conferências livres, que podiam ser realizadas em comunidades, por qualquer grupo de pessoas. Ao todo, 1.359 desses eventos foram realizados e enviaram propostas para serem debatidas em Brasília. As sugestões estão reunidas no Caderno de Propostas da CONSEG.

As mudanças na educação foram propostas em 956 desses encontros regionais. Dentro dessas mudanças foram reunidas sugestões como a integração da polícia em ações educativas, a criação de mais espaços para cultura e lazer, a abertura das escolas públicas aos finais de semana e a ampliação do acesso a bibliotecas e laboratórios de informática. As idéias educacionais foram incluídas no quinto eixo temático da conferência, que trata de “prevenção social do crime e das violências e construção da cultura de paz”.

A segunda proposta mais presente trata da remuneração dos policiais. A ideia, descrita como “criar um piso salarial, digno, justo e igualitário para os profissionais de Segurança Pública” esteve em 611 (44,5%) dos encontros. A terceira ideia mais lembrada, presente em 409 (30,1%) das reuniões é a de aprimorar a rede de informações de segurança pública, com melhorias no sistema de gerenciamento de armas.

Ao todo, as propostas foram reunidas em sete eixos temáticos, que incluem ainda propostas sobre conselhos comunitários de segurança, financiamento de ações na área, condições de trabalho dos policiais, repressão ao crime, melhorias em presídios e prevenção de acidentes.

O fato de uma proposta ter sido defendida por muitos nas etapas anteriores não significa que ela tenha mais chances de ser aprovada, pois todas as propostas chegam à etapa nacional com o mesmo peso. Apesar disso, é possível que os representantes que estão em Brasília reflitam a preferência expressa em eventos regionais. Lá, as medidas serão votadas por mais de 2.000 representantes: 40% são da sociedade civil; 30% são do poder público federal, estadual e municipal e 30% são trabalhadores de segurança.

Outra das propostas mais votadas nas etapas anteriores também envolve educação e prevê a criação de cursos sobre prevenção ao crime em escolas e dentro de movimentos sociais, além de maior apoio a policiais comunitários. Além disso, a humanização do tratamento aos detentos em presídios também se destacou.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Câmara aprova lei que universaliza ensino médio

O texto abaixo foi publicado hoje (26/8) no jornal O Estado de S. Paulo. Na verdade, o projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e não pela Câmara. O GT de Educação do Instituto Paulista de Juventude fará no dia 12 de setembro, das 15h às 18h, no Centro Cultural da Juventude, em São Paulo, um debate sobre “Ensino médio obrigatório: solução ou problema”. Seria bom se todos pudessem dar sua opinião, seja durante o debate ou de outra maneira.

O Centro Cultural da Juventude fica na av. Deputado Emílio Carlos, 3641 - Vila Nova Cachoeirinha, na zona Norte da cidade.

Quem quiser ler o Projeto de Lei (PL 7409/2006), basta acessar o link http://www.camara.gov.br/sileg/integras/412939.pdf. Quem quiser ver a LDB para saber exatamente qual a alteração ele promove na LDB acesse http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.


Câmara aprova lei que universaliza ensino médio

Um projeto de lei que exige a universalização do ensino médio público e gratuito foi aprovado ontem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Segundo informações da Agência Câmara, os Estados e o Distrito Federal a princípio arcariam com os custos da expansão da oferta de ensino.

O PL 7409/06, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), altera

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Educação para o trabalho X Educação para a vida

Hoje (25/8) a Folha de S.Paulo publicou reportagem sobre a preferência dos estudantes por cursos tecnológicos. São dois textos, um dizendo que 86% pensam no mercado de trabalho no momento da escolha do curso e outro que diz que a maioria dos estudantes desses cursos são jovens e sabem o que querem. Será? Essa “escolha” não se dá em decorrência da realidade social na qual vivemos? Será que a ideologia dominante leva os jovens a tal “escolha”? Quais são as alternativas ao estudo tecnológico?

Esses textos complementam outras reportagens veiculadas há pouco tempo pela imprensa, as quais divulgavam resultados de pesquisas que indicam que os jovens “preferem” o trabalho à educação.

São textos que apresentam uma forma de educação defendida, principalmente, pelo setor produtivo. Segundo essa concepção, os estudantes devem ser preparados para atuar no mercado de trabalho.

Outra forma de educação é a defendida, principalmente, por profissionais da área de humanidades, que pregam a formação dos estudantes para a vida em sociedade, sendo o trabalho apenas uma das formas de convivência social.

É um debate que se estende por muito tempo. Mas, nós temos que nos posicionar: que tipo de educação queremos? É possível conciliar a existência de ambas?

São algumas perguntas que temos que responder.

Leiam abaixo os textos publicados na Folha de S.Paulo.

86% pensaram no mercado na hora de escolher o curso

Nessa modalidade, a graduação dura de 2 a 3 anos
RICARDO GALLO - FOLHA DE S. PAULO



Tal qual Flávio, o que mais atrai os alunos de graduação tecnológica é a possibilidade de obter um emprego. Cerca de 86% dos estudantes levaram em conta o mercado na hora de escolher o curso, segundo uma pesquisa - 45% dizem que "é um curso focado numa área com boas chances de emprego" e 41% dizem que "o mercado valoriza o diploma de curso superior tecnológico".
A pesquisa está em dissertação de mestrado de Andréa Andrade, diretora da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC. Estudo da Fatec (Faculdade De Tecnologia de SP) tem resultado semelhante: 87% estudam ali porque acreditam que assim terão mais chance de emprego. Os dados comprovam a expectativa.

No Centro Universitário Senac, onde Flávio estuda, a empregabilidade média é de 85%; nas Fatecs, 93% dos formados há um ano estão empregados. No Senai (ligado à indústria), o índice chega a 100% (em automação industrial). "O mercado precisa de profissionais com conhecimento aprofundado", diz Eduardo Ehlers, diretor do Senac.

Segundo Roberta Froncillo,

Maioria dos estudantes é jovem e sabe o que quer, diz pesquisa

Faixa etária média dos alunos de cursos tecnológicos vai de 18 a 23 anos



Cursos de tecnologia não são para indecisos. Pesquisa obtida pelo Fovest revela que o aluno dessa modalidade de graduação sabe o que quer, apesar da juventude - 59% deles têm, em média, entre 18 e 23 anos.

"Quando o aluno escolhe o curso tecnológico, já está mais certo sobre a área que vai seguir. Quando está indeciso, opta por um curso de bacharelado, mais generalista", afirma Andréa Andrade, diretora da Sepec (secretaria do Ministério da Educação responsável pelos cursos tecnológicos).

Ela entrevistou 625 pessoas para elaborar o perfil dos estudantes de cursos de tecnologia. A pesquisa subsidiou a dissertação de mestrado que Andréa defendeu neste ano na UnB (Universidade de Brasília). "O aluno já tem visão de futuro e uma expectativa bem específica. Já vem bem mais focado", afirma Newton Marchi, do Senai, com nove unidades no Estado de São Paulo.

Outra pesquisa indica

Maioria dos estudantes é jovem e sabe o que quer, diz pesquisa

Faixa etária média dos alunos de cursos tecnológicos vai de 18 a 23 anos


Cursos de tecnologia não são para indecisos. Pesquisa obtida pelo Fovest revela que o aluno dessa modalidade de graduação sabe o que quer, apesar da juventude - 59% deles têm, em média, entre 18 e 23 anos.

"Quando o aluno escolhe o curso tecnológico, já está mais certo sobre a área que vai seguir. Quando está indeciso, opta por um curso de bacharelado, mais generalista", afirma Andréa Andrade, diretora da Sepec (secretaria do Ministério da Educação responsável pelos cursos tecnológicos).

Ela entrevistou 625 pessoas para elaborar o perfil dos estudantes de cursos de tecnologia. A pesquisa subsidiou a dissertação de mestrado que Andréa defendeu neste ano na UnB (Universidade de Brasília). "O aluno já tem visão de futuro e uma expectativa bem específica. Já vem bem mais focado", afirma Newton Marchi, do Senai, com nove unidades no Estado de São Paulo.

Outra pesquisa indica

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Educação no combate à violência

Professores são capacitados para alfabetizar jovens e adolescentes
Luís Augusto Gomes - JORNAL DE BRASILIA
Um projeto pioneiro que visa capacitar professores para alfabetizar alunos que estão fora da idade-série e enfrentar o problema da violência tanto na escola quanto na rua está sendo desenvolvido para combater a criminalidade no Paranoá e Itapoã. O projeto, uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB), foi iniciado depois que o delegado Miguel Lucena, chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), descobriu que adolescentes estavam em mais de 80% dos casos investigados na região, como vítimas ou autores de crimes graves, entre eles tráfico de droga, assassinato e roubo.

A Polícia Civil constatou que os jovens infratores, na maioria dos casos, foram reprovados ou estavam fora da escola. Segundo Miguel Lucena, revoltados, eles buscam se destacar no meio em que vivem com a prática de delitos. O delegado afirma que as famílias desses jovens são muito pobres e não têm como cuidar, instruir, educar e discipliná-los. Ele acredita que,

Quando a escola é de vidro

“Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas fossem daquele jeito.
Eu nem desconfiava que existissem lugares muito diferentes...
Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando chagava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro.
É, no vidro!
Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não!
O vidro dependia da classe em que a gente estudava.”

Esse texto é muito interessante. Nos faz refletir sobre o quanto a escola condiciona os estudantes, transformando-os em meros alunos, numa clara reprodução do sistema social no qual vivemos. Vale à pena lê-lo na íntegra. Para isso, acesse http://www2.uol.com.br/ruthrocha/historias_18.htm. O link leva para uma página onde você encontrará outros textos. Basta descer a barra de rolagem até o texto que mencionei.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Justiça federal determina que Enem 2009 reabra inscrições

Uma decisão da Justiça Federal no Rio de Janeiro determina que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) reabra as inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009.

Leia também: Inep irá recorrer da decisão que determina reabertura de inscrições do Enem
Segundo a sentença, o Inep, que realiza a prova, deve reabrir imediatamente o prazo de inscrições até as 23h59 do dia 28 de agosto. O cumprimento da medida deverá ser comprovado em cinco dias. Se o órgão do MEC (Ministério da Educação) descumprir a medida, deverá ser aplicada multa diária de R$ 10 mil. Ainda cabe recurso.

A decisão ocorreu a partir de uma ação civil pública protocolada pela procuradora Márcia Morgado Miranda, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que pedia que não fosse obrigatório informar o número do CPF na inscrição ao exame, uma vez que jovens de 15 a 17 anos - público-alvo do Enem - não são obrigados a ter o documento.

A solicitação foi atendida pelo juiz Bruno Otoro Nery, da 6ª Vara da Justiça Federal no Rio de Janeiro. "Tendo em vista que os participantes do Enem encontram-se na faixa etária média compreendida entre 15 e 17 anos, na qual não é exigido seu cadastro no Ministério da Fazenda, a título de CPF, mas apenas lhe é facultado o ingresso em tal cadastro, a ausência de tal inscrição não pode gerar sanções àquele indivíduo (...)", afirma o magistrado.

O UOL Educação entrou em contato com a assessoria de imprensa do Inep às 14h15 e aguarda resposta da área técnica.

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/08/20/ult105u8578.jhtm

Ensino médio obrigatório e fundamental integral

Caros,
Nessa quarta-feira (19/8), a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou uma proposta que obriga o ensino fundamental em período integral (segue abaixo texto publicado na Folha de S.Paulo). Ao contrário do Senado, que patina em seu próprio lamaçal e não consegue discutir e votar nada de concreto, principalmente que seja benéfico para o povo, a Câmara dos Deputados mostra maior ação.

Não quero dizer que nossos deputados são melhores, apenas que algo está sendo feito além do jogo político do Senado, que já colocou a disputa eleitoral do ano que vem em pauta e suas ações são voltadas apenas para essa finalidade.

A “ô...posição” tem maior influência no Senado e, principalmente as aves de bico comprido e os enDEMoniados, continuam com sua campanha de queima de qualquer nome do PT que se mostre viável à disputa pelo cargo de presidente, contra o representante da classe dominante, que nesse momento tende a ser o tucano vampiro. Apenas para que ninguém alegue que essa campanha é “teoria da conspiração”, lembremos o que o DEMônio Bornhausen disse: “Vamos acabar com essa raça (petistas) por 30 anos”.

Bom... vamos ao que interessa. A proposta de integralidade do ensino fundamental ainda precisa passar pela comissão de educação para incluir outros pontos necessários para a efetivação da proposta e somente depois vai a plenário (se for).

E nós, enquanto sociedade civil, também precisamos discutir outra obrigatoriedade, a do ensino médio. No dia 12 de setembro, das 15h às 18h, o GT de Educação do Instituto Paulista de Juventude fará um debate sobre esse assunto no Centro Cultural da Juventude (Av. Dep. Emílio Carlos, 3.41, ao lado do terminal Cachoeirinha, em São Paulo). Seria bom se todos comparecessem para dar sua opinião sobre “Ensino médio obrigatório: solução ou problema”. Eu estarei lá.

Segue abaixo texto publicada no Folha de S.Paulo sobre a integralidade do ensino fundamental.
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Comissão da Câmara aprova ensino fundamental integral
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma proposta que institui o ensino fundamental em tempo integral em escolas públicas foi aprovada