Escrevi um artigo sobre o novo PNE. Em breve vou postá-lo aqui. Enviei-o ao um jornal e prometi exclusividade para a editora até que a direção do jornal decida se o mesmo será ou não publicado. Assim que for publicado, ou se a resposta for negativa, posto-o aqui.
O título "Educação espera um milagre" já é de deixar com água na boca. Para deixá-los ainda mais na expectativa...
Escrevi sobre o que acho ser o cerne do PNE, que é a equiparação salarial dos professores com profissionais de outras carreiras com o mesmo tempo de estudo. Também escrevi sobre a questão do investimento na pasta (Educação) ser vinculada ao PIB. Ainda escrevi sobre o que, pra mim, são os principais avanços do novo PNE.
Aguardem!
Vou convidar algumas pessoas para compartilhar seus textos sobre educação. Para não ficar tão personalista, migrei o blog para outro endereço eletrônico. Para ler os textos acesse http://prioridadeeducacao.blogspot.com/
domingo, 19 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Educação acaba em Pisa
Além da feijoada, o “cardápio” desta quarta-feira (8/12) tinha muito Pisa. Veja bem, não é pizza, é Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Consequência da divulgação do resultado da avaliação realizada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) a cada três anos, com a finalidade de medir a qualidade da educação nos países desenvolvidos e em outros convidados a participarem da avaliação, como o Brasil.
A maioria (se não todos) dos veículos da chamada “grande imprensa” estampou em suas capas chamadas para reportagens sobre o desempenho do Brasil no Pisa.
Alguns textos exaltavam a melhora do Brasil na pontuação obtida no exame realizado em 2009, na comparação com o anterior, realizado em 2006. Expunham informação creditada ao MEC de que o país é o terceiro em melhora de desempenho desde o início da pesquisa, em 2000.
Houve também aqueles que menosprezaram a suposta melhora no desempenho dos estudantes brasileiros. Preferiram se apegar ao fato de que, mesmo com a melhora de desempenho, o país ainda é um dos últimos na avaliação (53º colocado entre 65 países avaliados). Esses também ressaltaram que os estudantes brasileiros estão bem abaixo da média. Mais da metade não consegue decifrar informações implícitas em um texto curto.
“Estudantes, esses burros!”. Isso é o que pode transparecer as reportagens. Mas, elas também deixam claro que o Governo (Federal é claro) é o culpado pela mazela educacional brasileira, apesar de as escolas públicas federais terem tido desempenho superior até mesmo ao das escolas particulares e serem as escolas públicas estaduais e municipais as que puxam para baixo a classificação brasileira.
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Vale à pena ler
Vale à pena ler o texto “Progressão continuada não é aprovação automática”, do Fernando José de Almeida. É sucinto, mas traz elementos importantes para conseguirmos diferenciarmos a boa progressão continuada da detestável aprovação automática, implantada pelo governo tucano no estado de São Paulo, por exemplo.
Progressão continuada não é aprovação automática
É difícil defender uma ideia quando ela é desconhecida ou mal entendida pelos interlocutores. Sempre que falo em progressão continuada, em vez de sair apoiando essa maneira de organizar o tempo escolar, me vejo na obrigação de, antes de tudo, deixar bem claro sobre o que vou tratar. Há muita confusão, pois esse conceito é imediatamente confundido com "aprovação contínua" ou "aprovação automática", como indica a reportagem Organização em Ciclos Respeita a Diferença, que a revista Nova Escola Gestão Escolar traz na sua edição de dezembro/janeiro. Então vamos aos esclarecimentos.
Aprovação automática quer dizer sem avaliação, sem orientação, sem cobrança, sem algum apoio. Sendo assim, sem nenhum critério, o aluno é empurrado adiante, correndo ele os riscos de não estar preparado para nada e podendo, mais tarde, atribuir à escola - com razão - o abandono a que foi submetido, sem ter nenhum tipo de orientação.
Progressão continuada, ao contrário, é um alargamento do conceito de período escolar, pois prevê, em vez de anos, ciclos. E aí é possível falar em ciclo letivo, com mais do que os 200 dias previsto na lei, e também em ciclo de aprendizagem do aluno - e esse pode ser de dois ou três meses, um semestre, um ou mais anos. Dividir o tempo escolar fugindo do calendário anual tem por objetivo aprofundar a concepção sobre o ensino e a aprendizagem. Sabe-se, comprovadamente, que as crianças têm diferentes habilidades e, por isso, diversas maneiras e ritmos para aprender. Mas todos podem chegar lá. E chegam. Às vezes, alguns meses ou um semestre a mais são suficientes para constatar mudanças no aluno. Em um curto período
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